VOU EMBORA
Vou embora amanhã
levo a cratera, o
frémito…
A neblina dos
meus olhos
deixo-ta como
lembrança
Nos dias de
solidão
não terás a minha
mão
suave como a seda
na tua fronte
furacão!
Vou embora amanhã
levo apenas os
chinelos
aqueles que me
deste
no dia dos
namorados
Vou embora amanhã
deixo tua soturna
sombra…
No teu quarto a
penumbra
não apagará o meu
penedo
DO HOMEM PARA HOMEM
Busquei com ardor
a liberdade
Construí castelos
de esperança
Rasguei vendavais
abri atalhos
Quebrei galhos…
– Fiz-me herói: –
Ganhei!
Os rios cederam
meus anseios
Manhãs a tudo
anuíram
A cada dia novos
manjares
Cada sonho…
Meu real elevado!
Esqueci-me dos
pedintes
Dos mendigos
outrora…
Agora…
Meus inimigos
Sou dono do mundo
Isabel Ferreira
1 comentário:
Obrigado por prtilhr. Dois belos poemas.
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