Foto: Jorge Coelho Ferreira

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POEMAS DE NAMIBIANO FERREIRA

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25 de maio de 2014

ANGOLA, A SEGUNDA REVOLUÇÃO (Livro)




Quero partilhar com os leitores desta obra parte da experiência que vivi quando jovem, durante o pro-cesso de independência do país, os anos de guerrilha que se seguiram à proclamação da independência, e o processo de negociação que conduziu às primeiras eleições da história de Angola. Esta é, antes de mais, uma narração dos acontecimentos, vistos do meu ponto de vista, como parte de uma geração, na altura adolescente, que se viu arrastada pelo vendaval da revolução, numa corrida imposta por vontades, desacordos e ambições da geração mais velha. (…) Esta obra não pretende ser história absoluta. Ela é, como disse acima, apenas uma narração da minha trajectória na luta pela inclusão democrática, relato de uma vida entregue e moldada pela "revolução".
Estas são palavras de Jardo Muekalia, no preâmbulo do seu livro, “Angola, A Segunda Revolução”.

Acabei muito recentemente de ler este livro que aconselho pela sinceridade com que Jardo Muekalia relata factos que são hoje históricos, podemos não concordar com o autor ao longo do livro mas não podemos negar a qualidade da obra, bem escrita, bem estruturada e que, mesmo quando transcrevendo memorandos políticos e outros não se torna um livro aborrecido, pelo contrário, a escrita de Jardo leva o leitor a querer saber o que se vai passar na próxima página, no próximo capítulo. Lê-se, quase como de fosse um romance. Creio que houve temas e acontecimentos não abordados, como, por exemplo, "a queima das bruxas" e, por outro lado, muitas interrogações se põem ao leitor atento e crítico, o meu livro ficou cheio de notas a lápiz. Para mim as principais questões são: Lutou a UNITA, realmente, pelo multipartidarismo, a democracia e os direitos humanos em Angola? Qual a verdadeira ideologia política da UNITA? E por fim, parece-me que Jonas Savimbi se tranformou num “warlord”, concretizada a paz não soube mais o que fazer do que guerrear, embora apregoasse a paz.

Apesar destas e de muitas outras dúvidas e questões, na última página do livro, Jardo escreve o seguinte que partilho com os leitores por estar de acordo e por ser uma verdade que é preciso, continuamente, por em prática: 
Angola será infinitamente melhor, e cada vez mais forte, quando souber acarinhar e potenciar a sua diversidade sociocultural, regional, política e económica.

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