Tombwa, vista de satélite
Foto de Eugénio Vicedo
A lua cheia chegava, por fim, iluminando
o suave marulhar no crespo nocturno
carapinha da noite-Tômbwa cidade.
E a noite, vestida de luar, trazia até mim
a baía a tremeluzir a cantar a dançar o mar
místico semba carregado de mistérios
e desejos proibidos de Santa Liberdade.
Nas batucadas choradas dos contratados
floriam açucenas no lóbulo verde do sol
e sob as peugadas incendiadas do vento
dormiam sonhos carmesim sorrindo
no ventre claro azul futuro de Novembro.
Namibiano Ferreira
8 comentários:
Meu caro,
Sinto que Tombwa
é a sua Caicó,
é o seu Seridó,
é a sua Pasárgada,
no ventre cl\aro azul
de novembro.
Ou dezembro.
Kandandu.
Caro Moacy,
Tombwa é o umbigo do Mundo, nela nasci e foi lá que me foi dado uma alma para escrever nas páginas do vento, a Poesia. Se a poesia é literária ou nao, fica de julgamento para a História. Tombwa é parte inalienável de Mim e que se liga a toda a Angola pelos vinculos do Mar e as caricias do vento.
Kandandu
Amigo Nami,
Leio o teu poema, fecho os olhos, as imagens são reais, o cheiro e a música também... estou em África.
Que mais posso querer?
Só agradecer-te pelos bons momentos que me proporcionas, meu amigo.
Agora que estou de férias, virei ler-te para trás, e quem sabe, escolher um poema...!
Um abraço
Namibiano, mais um bonito poema, cheio de sentimentos.
Kandandu
carmo
Viva Angola, meu conterraneo. Esse poema fez lembrar os mangais de Benguela :)
Meg, só por todos os teus sentimentos e recordacoes vale a pena resistir e continuar a escrita.
Kandandu, amiga!
Carmo, ao sentir esses sentimentos está, também, a fazer poesia.
Obrigado, Kandandu
Janour, é isto que tem de fascinante a poesia... outra coisa tao diferente despertou lembrancas em seu coracao. Os mangais de Benguela...
Viva Angola, sempre em PAZ!
Kandandu
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