A minha pátria é onde o vento passa
onde o vento manso
ou furioso traça
serpentes de mar
sobre o areal e a duna.
A rosa-dos-ventos
florindo, afortuna
o chão árido, ouro
do sul inteiro
silvando um grito
hirto, certeiro
para na minha sede
a saudade matar
nesse grito alto:
meu Namibe,
eterno deserto que
ainda não sei cantar.
Namibiano Ferreira
Baía do Namibe - fotos Portal de Angola
4 comentários:
Sabe cantar e bem esse "eterno deserto" que é o seu Namibe. Um poema muito belo. Uma baía lindíssima.
Abraço.
Graça, obrigado pela gentileza.
Kandandu
zuinmmmmm é o sopro amigo do deserto!
Zuinmmmmm é o refrão do teu canto...
Saudações, já me verguei...
Paulo Seco
Obrigado, Paulo, pela presença na Ondjira.
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