Foto: Jorge Coelho Ferreira

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POEMAS DE NAMIBIANO FERREIRA

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14 de dezembro de 2008

SUL...






Naquela manhã do Sul
trazias os dedos abertos a passar ventos
e os teus braços a desejar os céus,
eram tempo incendiado,
disseminado à invocação digital
dos imbondeiros ao sol
chorando múcuas negras de veludo.





Namibiano Ferreira

4 comentários:

KImdaMagna disse...

Definitivamente a Múcua mexe mesmo comigo!
A foto e as palavras estalarem em meus olhos.

xaxuxo

Meg disse...

Caro Namibiano,

Mais uma vez me surpreende o facto de em sete linhas conseguires transmitir uma força telúrica... como se a natureza nos abraçasse até nos sufocar.

Um abraço

Janaina Amado disse...

Namibiano, particularmente linda, evocativa, triste e bela esta poesia. Adorei.
PS - Vejamos se a entendi bem: "imbondeiro" é o baobá, e "múcuas" são os frutos dessa árvore? (O poema é belo de qualquer forma, transcende o significado)

NAMIBIANO FERREIRA disse...

Meus caros amigos e leitores
Ainda bem que gostaram, para mim, a vossa leitura faz com que a criacao literária se torne completa. É sem dúvida um poema telúrico os parcos versos tem muitas e profundas leituras como as profundas raizes do imbondeiro... é um poema antigo, fazendo parte de um conjunto de poemas intitulados "No Vento e no Tempo".
Janaina, isso mesmo "imbondeiro" é o baobá e a "múcua" o seu fruto.
Um grande kandandu a todos!!
Namibiano