POETA NATURAL DE TOMBUA, PROVÍNCIA DO NAMIBE, SUDOESTE DE ANGOLA.
Foto: Jorge Coelho Ferreira
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POEMAS DE NAMIBIANO FERREIRA
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14 de dezembro de 2008
SUL...
Naquela manhã do Sul
trazias os dedos abertos a passar ventos
e os teus braços a desejar os céus,
eram tempo incendiado,
disseminado à invocação digital
dos imbondeiros ao sol
chorando múcuas negras de veludo.
Namibiano, particularmente linda, evocativa, triste e bela esta poesia. Adorei. PS - Vejamos se a entendi bem: "imbondeiro" é o baobá, e "múcuas" são os frutos dessa árvore? (O poema é belo de qualquer forma, transcende o significado)
Meus caros amigos e leitores Ainda bem que gostaram, para mim, a vossa leitura faz com que a criacao literária se torne completa. É sem dúvida um poema telúrico os parcos versos tem muitas e profundas leituras como as profundas raizes do imbondeiro... é um poema antigo, fazendo parte de um conjunto de poemas intitulados "No Vento e no Tempo". Janaina, isso mesmo "imbondeiro" é o baobá e a "múcua" o seu fruto. Um grande kandandu a todos!! Namibiano
Nasci em Angola, Maio de 1960, no Deserto do Namibe. A cidade de Tombua (Porto Alexandre) foi meu berço dunar e desde logo se estabeleceu um pacto mágico e anímico entre mim, o Povo e o Namibe.
Anos volvidos foi no nome da terra que encontrei o meu nome de poeta: Namibiano, pseudónimo de João José Ferreira. Eu sou alguém que tem pudor que lhe chamem poeta, porque dias há que me sinto aquém dos limbos oníricos da poesia. E serei verdadeiramente um Poeta? Desde que me lembro sempre senti a leveza da poesia a latejar dentro de mim, por volta dos 17 anos comecei a escreve-la. Nao faço nem forço, creio que a poesia me acontece, eu fico só esperando... e a cada dia de Sol que dorme e acorda fico esperando aquele poema cativo algures num pedaço rendado sem tempo... a Poesia não se faz: ACONTECE.
Não tenho obra publicada, participei em 7 colectaneas de poesia: "Exposição do Movimento" dos participantes na Eispoesia99, Vila do Conde, publicado pela A Mar Arte de Coimbra a outra, "Resist(ir) Assim", foi publicada em 2000 pela Editorial Minerva de Lisboa. Em Abril 2009 participei na "II Antologia de Poetas Lusófonos", Folheto Edições de Leiria e "A Traição de Psique", Lugar da Palavra, Gondomar. No Brasil, em 2009, com chancela da Editora Abrali de Curitiba: "Poemas Versos Crônicas", "Pangeia" e "Dois Mil Esperança".
Participei também, 2016, na antologia de contos angolanos: "Pássaros de Asas Abertas".
Publiquei o meu primeiro livro em Agosto de 2021 com chancela da Chiado Books, "Ondjira - A Rota do Sul".
Caros visitantes, amigos, leitores e blogueiros em geral.
Tenho encontrado na net alguns dos meus poemas associados a blogues que de poético e literário nao tem nada, mesmo nada. Fico muito contente que quem me visite goste do que escrevo e queira levar um ou outro poema para os seus blogues e desde já agradeco todos os créditos aos meus textos á minha pessoa mas por favor nao gosto mesmo nada de ver o meu nome (Namibiano Ferreira) e a minha criacao poética ligados a sites e a temas que deixam muito a desejar e nada tem a ver com a minha mensagem. Nao é forcoso que seja um blogue literário ou sobre poesia mas que seja um blogue de bom senso e bom gosto. Penso que isto explica tudo!! Por isso solicitava a TODOS que queiram retirar poemas meus deste blog que me deixem um comentário pedindo autorizacao para os publicar. Pela vossa atencao e pela vossas visitas muito obrigado!
Namibiano Ferreira
PALANQUINHA - CAN 2010
De 10 a 31 de Janeiro (Site oficial click na imagem)
4 comentários:
Definitivamente a Múcua mexe mesmo comigo!
A foto e as palavras estalarem em meus olhos.
xaxuxo
Caro Namibiano,
Mais uma vez me surpreende o facto de em sete linhas conseguires transmitir uma força telúrica... como se a natureza nos abraçasse até nos sufocar.
Um abraço
Namibiano, particularmente linda, evocativa, triste e bela esta poesia. Adorei.
PS - Vejamos se a entendi bem: "imbondeiro" é o baobá, e "múcuas" são os frutos dessa árvore? (O poema é belo de qualquer forma, transcende o significado)
Meus caros amigos e leitores
Ainda bem que gostaram, para mim, a vossa leitura faz com que a criacao literária se torne completa. É sem dúvida um poema telúrico os parcos versos tem muitas e profundas leituras como as profundas raizes do imbondeiro... é um poema antigo, fazendo parte de um conjunto de poemas intitulados "No Vento e no Tempo".
Janaina, isso mesmo "imbondeiro" é o baobá e a "múcua" o seu fruto.
Um grande kandandu a todos!!
Namibiano
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