Parabéns. Finalmente ouvi o programa. Gostei muito do poema, que julgo já ter lido por aqui, mas não gostei da forma como foi lido pela locutora. Não basta ter uma boa voz e uma boa dicção para ler poesia. Estas duas qualidades a locutora tem, sem dúvida nenhuma, mostrando ser uma boa profissional de rádio. Mas ela leu o poema com a mesma falta de emoção com que leria uma página da lista telefónica... Pior ainda, todo o ritmo que estava subjacente ao poema foi completamente destruído pela sua leitura. De novo o exemplo da lista telefónica me vem ao espírito. Eu já não exijo que ela leia poesia como leria um Mário Viegas ou um João Villaret, por exemplo, mas seria de exigir um mínimo de ritmo e de sentimento, mesmo que fingido.
Quanto à música que acompanha o poema, é quase toda lindíssima, como aliás é timbre do José Eduardo Agualusa. Mesmo que seja só pela música, o programa "A Hora das Cigarras" é altamente recomendável. Evocar o deserto do Namibe com música do Sahel e do deserto do Sahara pareceu-me uma boa ideia. É certo que nas margens do Curoca não se tocam korás, mas um deserto é um deserto é um deserto, em qualquer parte do mundo.
Nasci em Angola, Maio de 1960, no Deserto do Namibe. A cidade de Tombua (Porto Alexandre) foi meu berço dunar e desde logo se estabeleceu um pacto mágico e anímico entre mim, o Povo e o Namibe.
Anos volvidos foi no nome da terra que encontrei o meu nome de poeta: Namibiano, pseudónimo de João José Ferreira. Eu sou alguém que tem pudor que lhe chamem poeta, porque dias há que me sinto aquém dos limbos oníricos da poesia. E serei verdadeiramente um Poeta? Desde que me lembro sempre senti a leveza da poesia a latejar dentro de mim, por volta dos 17 anos comecei a escreve-la. Nao faço nem forço, creio que a poesia me acontece, eu fico só esperando... e a cada dia de Sol que dorme e acorda fico esperando aquele poema cativo algures num pedaço rendado sem tempo... a Poesia não se faz: ACONTECE.
Não tenho obra publicada, participei em 7 colectaneas de poesia: "Exposição do Movimento" dos participantes na Eispoesia99, Vila do Conde, publicado pela A Mar Arte de Coimbra a outra, "Resist(ir) Assim", foi publicada em 2000 pela Editorial Minerva de Lisboa. Em Abril 2009 participei na "II Antologia de Poetas Lusófonos", Folheto Edições de Leiria e "A Traição de Psique", Lugar da Palavra, Gondomar. No Brasil, em 2009, com chancela da Editora Abrali de Curitiba: "Poemas Versos Crônicas", "Pangeia" e "Dois Mil Esperança".
Participei também, 2016, na antologia de contos angolanos: "Pássaros de Asas Abertas".
Publiquei o meu primeiro livro em Agosto de 2021 com chancela da Chiado Books, "Ondjira - A Rota do Sul".
Caros visitantes, amigos, leitores e blogueiros em geral.
Tenho encontrado na net alguns dos meus poemas associados a blogues que de poético e literário nao tem nada, mesmo nada. Fico muito contente que quem me visite goste do que escrevo e queira levar um ou outro poema para os seus blogues e desde já agradeco todos os créditos aos meus textos á minha pessoa mas por favor nao gosto mesmo nada de ver o meu nome (Namibiano Ferreira) e a minha criacao poética ligados a sites e a temas que deixam muito a desejar e nada tem a ver com a minha mensagem. Nao é forcoso que seja um blogue literário ou sobre poesia mas que seja um blogue de bom senso e bom gosto. Penso que isto explica tudo!! Por isso solicitava a TODOS que queiram retirar poemas meus deste blog que me deixem um comentário pedindo autorizacao para os publicar. Pela vossa atencao e pela vossas visitas muito obrigado!
Namibiano Ferreira
PALANQUINHA - CAN 2010
De 10 a 31 de Janeiro (Site oficial click na imagem)
2 comentários:
Parabéns. Finalmente ouvi o programa. Gostei muito do poema, que julgo já ter lido por aqui, mas não gostei da forma como foi lido pela locutora. Não basta ter uma boa voz e uma boa dicção para ler poesia. Estas duas qualidades a locutora tem, sem dúvida nenhuma, mostrando ser uma boa profissional de rádio. Mas ela leu o poema com a mesma falta de emoção com que leria uma página da lista telefónica... Pior ainda, todo o ritmo que estava subjacente ao poema foi completamente destruído pela sua leitura. De novo o exemplo da lista telefónica me vem ao espírito. Eu já não exijo que ela leia poesia como leria um Mário Viegas ou um João Villaret, por exemplo, mas seria de exigir um mínimo de ritmo e de sentimento, mesmo que fingido.
Quanto à música que acompanha o poema, é quase toda lindíssima, como aliás é timbre do José Eduardo Agualusa. Mesmo que seja só pela música, o programa "A Hora das Cigarras" é altamente recomendável. Evocar o deserto do Namibe com música do Sahel e do deserto do Sahara pareceu-me uma boa ideia. É certo que nas margens do Curoca não se tocam korás, mas um deserto é um deserto é um deserto, em qualquer parte do mundo.
Parabéns e um abraço.
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