Primeiro Mundo
Eu não sei porquê
Hum incêndio
dentro de cada janela e se vê
Eu não sei porquê
Este incêndio que
arde dentro
Come o corpo todo
e a gente finge que não vê
Mas por dentro
arde,
como não vai
arder?
Se na minha terra
não tem pra comer
Já quase creio
que não tenho o direito de ser alguém
E por isso arde
Ter de dizer
adeus
Sem saber se o
deserto me vai vencer
Juntar os últimos
sonhos com a roupa do corpo
Partir por mim e
pelos meus
E afinal... tem
que haver algum deus.
Eu não sei porquê
Hum incêndio
dentro de cada janela e se vê
Eu não sei porquê
Este incêndio que
arde dentro
Come o corpo todo
e a gente finge que não vê
Mas por dentro
arde, como não vai arder?
Se chegando no
primeiro mundo
me sinto mais
esquecido do que era no segundo
Arde o carimbo de
ilegal
Preconceito
racial
Só por ter
nascido mais ao sul
Xê, gente do primeiro
mundo
Pais da
civilização
Por não ter um
papel acabei numa prisão
Xê gente da terra
inteira
Queima o fogo da
desilusão
Este primeiro
mundo só de brincadeira
Tens que entender
Que não há
diferença entre nós
É a mesma
essência
E se a minha
liberdade não existe
A tua é só
aparência
2 comentários:
belas canções e bela cantora.
Abraço.
Gosto das musicas e da voz, tem um nao sei que de bossa-nova.
kandandu
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