Foto: Jorge Coelho Ferreira

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POEMAS DE NAMIBIANO FERREIRA

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25 de setembro de 2007

A MINHA ALMA




1.
A minha alma é uma adição.
Uma alma tatuada de sal e sombras negras;
palanca muito negra ao suave entardecer;
cisne branco em voos de plumas prateadas.


A minha alma não é uma alma.
É uma adição, uma alma
marchetada de batuques e adufes,
de sabores de pêssego e desejos de cajú.
Bialma - biface alvo-negro -
sonho, utopia,
adição de sal e carvão.


Mas a minha alma,
lá no secreto produto é palanca pedindo,
a cada esquina da vida,
o bafo das noites insufladas de mistério.

2.

A minha alma é um grande imbondeiro
querendo em desespero louco e furioso
alcançar, numa ânsia pertinaz e infinita,
os céus, os deuses, as brumas divinas...
.............................................................


Ah perdição alucinada de braços e mãos!
Uma completa e turva oração digital
um puro desejo atormentado.



Namibiano Ferreira












9 comentários:

Anónimo disse...

Belo e imenso... como as imensamente belas terras africanas!!! Parabéns... de um Português de nacionalidade, Moçambicano de nascença... africano de alma e coração!

Convido-te também para o Letras Dispersas (www.letrasdispersas.com), onde seria uma grande honra ver os teus escritos!!

um abraço
Chuabo

Dilma Damasceno disse...

Convite para visitar a Página de Poesia "Janela da Minha Rua". Visite-me e deixe o seu precioso comentário em http://janeladaminharua.blogspot.com... em breve será lançado o livro de poesia "Quem sou eu?", que terei o prazer de lhe oferecer um exemplar.

Dilma Damasceno

Anónimo disse...

a poesia é uma arma poderosa contra a canalha do mundo.É uma arma a favor dos povos e de todas as gentes do mundo.Toda gente que sofre e sente as dores desses crimes cotra a humanidade é a voz que se levanta nos quatro cantos do mundo. Tua poesia é uma voz profunda e forte contra os que querem da vida só os crimes.

Victor Nogueira disse...

Viva!
Tudo bem?
Comunico qie nomeei um poema seu para o Caneta de Ouro 2007
(Para a Domingas e o Francisco)



A tarde,
Vibrando calor e suor
Desceu sobre a cidade
E vieram gotas
Líquidas de cristal
Acordar cheiros e sons...
Sobre um telhado qualquer
A prata tamborilava
Uma velha melodia
E um raio de nada
Despertou
Recordações e lembranças:
–Cantigas tamborilando em telhados de zinco.
.
Publicado em TUESDAY, JUNE 19, 2007
Um abraço
VN

Tania disse...

"A minha alma é uma adição"...

Com quanta força começa este poema! e segue, forte e belo...

E a fotografia também me encanta.

Um abraço grande, Namibiano.

Tania

GarçaReal disse...

Belissimo o poema.
Acarreta aquele cheiro e sabor de terras africanas, que deixam marcas profundas em corações saudosos.

Adorei

bjgrande

Muadiê Maria disse...

Muito bonito este poema.
Obrigada por ter colocado o link e valeu a força pro meu sarau.
kandandu,
Martha

Chellot disse...

Uma adição que revela o quanto lhe vai na alma. Bela poesia.

Beijos rabiscados.

Anónimo disse...

Bravo!