Quase todos os
dia chove.
O sol não se
dilui na face
dos nossos
desejos.
Aqui, cada dia
mais a Norte,
a luz de
Inglaterra
é a infinita
verdura espalhada
pelos campos do
Norfolk
às vezes
cerceados pelo manto
das vestes
outonais
e o verde do
Norfolk é uma sede
na aridez do meu
deserto...
E o que sei de
mim
está no suspenso
da tarde
- agonia cinzenta
-
onde caminho
relendo
os poemas do
Viriato.
Os poemas choram
no assobio triste
deste vento
outonal
e os poemas do
Viriato
já não são em si
mesmos
o Viriato na
pessoa
de sua voz.
E por entre uivos
do silêncio
tagarela
tudo se perde
na voracidade
verde
que não satisfaz
a clorofila
tropical
da minha alma.
Namibiano Ferreira, 9 de Novembro de 2009
2 comentários:
Bela homenagem a Viriato da Cruz.
Já ca foi publicado mas os 40 anos da sua morte fizeram-no regressar.
Obrigado pela visita e comentários
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