

Lá em baixo
na margem do Cubango
p’rós lados do Cuangar
Karungu João
foi na lavra.
Filho na cacunda
quinda na cabeça
foi na lavra
Karungu João
no Cuando-Cubango
p’rós lados do Cuangar
Karungu João
foi na lavra
procurar mandioca
filho na cacunda
quinda na cabeça
que fome é bicho
roendo, mordendo...
foi na lavra
Karungu João
só encontrou mina
debaixo do pé
as pernas perdeu
e o filho morreu
pequeno, pequenino
na cacunda
de Karungu João
Aiuê, Suku ianguê!
Cacunda - costas.
Aiue, Suku iangue! - ai meu Deus!
NAMIBIANO FERREIRA
NO TO LANDMINES!
NAO AS MINAS ANTIPESSOAIS!
6 comentários:
Amigo Namibiano,
Por ter sido indicada agora indico o seu blog e estes outros, se aceitarem, para usar o Selo "Prêmio Dardos" em sinal de admiração pela contribuição literária e cultural dos mesmos.
Visite meu blog e veja na barra lateral como salvar o selo e as regras do prêmio.
Flores para todos! @>--
mataharie007.blogspot.com/
almadepoesia2007.blogspot.com/
dolugardemim.blogspot.com/
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labirintodosoledalua.blogspot.com/
Obrigado Adriana e um fraternal abraco!!
Amigo Namibiano Ferreira
Só quando lhe venho rapinar algo é que escrevo.
Desta vez levo-lhe a "morte" que os grandes, vendem a preço de saldo, para outros se matarem, longe das suas costas.
A vida é isto mesmo ... vivemos subjugados, uns mais do que outros, mas quase todos, poe essas "democracias", como a americana.
Um bom fim de semana.
Pelo belíssimo poema, napandula!
zé kahango
Namibiano: que maravilha de poema! Bonita mensagem triste, ritimo e harmonia. Uma pequena maravilha que retrata as coisas dum passado recente e que se quer cada vez mais distante das nossas gentes sofridas. Obrigado por este poema Namibiano.
Décio, meu mano!
Obrigado pelas tuas palavras, é verdade coisas de umpassado recente e que todos desejamos nunca mais se repitam!
Assim queiram os homens, porque o POVO, esse nós sabemos o que quer.
Kandandu
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