Foto de Tonspi (Angola)
Partir no rio de Kalungangombe*
e, depois, quando voltar de novo,
hei-de vir montado na garupa
viva das boiadas andarilhas
pele a cantar ngomangombe**
levantando no peito do ar
um mar de poeiras a festejar
e eu, calçando meus nonkakos,***
serei um pastor Ovakuvale****
conduzindo meus bois
na árida oferta da terra Namibe.
Namibiano Ferreira
* Aglutinação de duas palavras: kalunga + ngombe (boi). Neste sentido é um ente espiritual que acolhe o espírito dos mortos no outro mundo.
** Ngoma (tambor) e ngombe (boi), aglutinacao feita pelo autor.
*** Sandálias feitas com pneus de automóveis e usadas pelo povo mukubal e outros do deserto.
**** Povo (mucubal, kuvale) do deserto do Namibe do grupo etno-linguístico dos Hereros/Helelos, idioma Tchiherero.
Olá Poeta, Obrigada por se tornar Amigo de Literacia. Convido-lhe para ver a edição de Julho,e a nova seção Africanidades, onde desejo contar com sua colaboração, para a proxima atualizaçao.
ResponderEliminarAbs fraternos, anamerij
Bom dia amigo,
ResponderEliminartenho estado a ler o livro (proposta?) que me enviou, só que, infelizmente, muito de vagar. Todavia, estou a gostar.
Um abraço.
Ai! meu caro poeta, que esse teu poema e essa imagem de bois ao sol poente deram-me uma nostalgia, uma saudade tão profunda...!!!!
ResponderEliminarLINDO!
Kandandu
poesia de saudade...
ResponderEliminar