Comboio-mala CFB (foto Mukandas do Monte Estoril)
Trapos de vento falam no ar
lembranças do antigamente,
tempo antigo de moleque
quando todo o domingo
era um dia de festana estação esperar o comboio-mala chegar
a Vila Teixeira de Sousa*.
Era tudo sempre igual, sempre igual...
kama-kove, kama-kove, kama-kove, úuu...
uma triste monotonia de um fúnji sem muamba
mas se não fosse esperar o comboio-mala chegar
para mim, moleque de outro tempo,
domingo jamais seria esse dia!
Namibiano Ferreira
* Actualmente: Luau.
Poema publicado no livro Rumo ás Terras que Brilham: Lundas, roteiro que acompanha o 5 Raid TT Kwanza Sul.
Sobre o Raid veja a postagem: http://poesiangolana.blogspot.com/2010/06/quinto-raid-tt-kwanza-sul.html
Caro Namibiano
ResponderEliminarSeu poema me condiziu à minha infância também. Não que fosse esperar comboios na estação, mas a forma como conduzistes as palavras me levaram ao meu passado distante, quando ainda eram tão alegres os domingos, com aquele ar especial que só sentimos na infância, aquele ar que não sei definir, mas era alegre, quente, gostoso. Todo domingo era como se fosse um dia de festa, mesmo não o sendo.
Essas pinturas poéticas desses tempos, mano, semi-nostálgicas e semi-alegres são d'encantamentos poéticos.
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