22 de setembro de 2009

AMARESIA


                                             

Para Dinah, Amor, maré, maresia...



Magias e morfemas
beijam madrepérolas
no marulhar da nudez
dos teus passos nacarados
– búzio a cantar o mar –
vestindo rendas chuvas
organzas
              espumas
                            e calemas...
a cantarolar.




Namibiano Ferreira



19 de setembro de 2009

PANGEIA - MINHA QUINTA ANTOLOGIA



Enquanto não sai o livro a solo vou participando em Antologias. No próximo dia 21 de Novembro está previsto o lançamento de “Pangeia” e novamente em solo brasileiro, na cidade de Curitiba, pela mão da Editora Abrali, onde participo com três poemas.
Os livros da Abrali, podem ser adquiridos online, siga o link, por favor: http://www.abrali.com/loja/

Este é parte do texto inicial que acompanha a minha participação em “Pangeia”:

Comecei escrevendo poesia, poderia dizer, a partir de um impulso, mas não, o impulso só foi externo porque no veludo onírico da Alma já haviam vozes a falar e depois que, conscientemente, lhes dei ouvidos essas vozes escondidas têm-se manifestado até hoje.

Tenho participado de diversas antologias: Eispoesia (Coimbra, 1999); Resistir Assim – Poesia a Doze (Lisboa, 2000); II Antologia de Poestas Lusófonos (Leiria, 2009) e Poemas Versos Crônicas, laçado na I Bienal Internacional do Livro de Curitiba e com a chancela da Abrali Editora, Curitiba.


Mas o lugar priveligiado da minha actividade poética é, hoje, este meu blogue que iniciei muito timidamente em Outubro de 2005.
Obrigado a todos os meus leitores, tanto os que fazem o favor de deixar as suas opiniões mas também aos que por aqui passam silenciosamente. Sem os leitores a poesia não acontece completamente. A criação poética é um acto solitário mas sobre a poesia elaborada pelo poeta os leitores, com as suas múltiplas leituras e interpretações, fazem novamente a poesia acontecer.


Namibiano Ferreira


16 de setembro de 2009

MUSAMBWANGA




A loucura dos imbondeiros
arranhando os céus de catuíti
profetizam Ondjira-Hulu
– o caminho do céu no cacimbo –
onde Ombera está esperando
a chuva prometida de Nzoji
hoje perdida na hora e no sopro
do Vento Leste assassinado.


Namibiano Ferreira




Musambwanga – deve ler-se mussambu (oração) + uanga (feitiço).
Catuíti – pequena ave azul.
Ondjira – caminho.
Hulu – céu.
Cacimbo – a estação seca.
Ombera – chuva.
Nzoji – sonho.

15 de setembro de 2009

METAMORFOSE

Múcuas, fruto do imbondeiro (baobá)


Hoje, nos braços suplicantes do Imbondeiro

pendurei canções... talvez orações.







...................................................... Amanhã, sei

eu serei propriamente

arvoremente

o Imbondeiro...

 
 
 
Namibiano Ferreira

12 de setembro de 2009

SÚBITO MOMENTO

Subitamente dos quintais
terminou o tempo
já secaram
goiabeiras e mangueiras...



– Quem quer correr sobre areias secas
e momentos castrados?



O tempo passa... e o vento lembra!




– Onde meteram o meu quintal
de todos os sonhos-tempo
de todos os meninos-vento?

 
 
Namibiano Ferreira

Desenhos de Neves e Sousa

MEMORIA DE INFANCIA


   (Desenho de Neves e Sousa)



Está o soba sob a sombra
que a mulemba traz sobre o chão.
Sob o soba está a esteira
estendida sobre o solo.
Dorme a sesta sob a sombra
o soba que o sol não sente
porque a sabida mulemba
ensombra o sol e sombra o soba.
Está o soba sob a sombra
da mulemba da sanzala
sob o soba está a esteira
estendida sobre o sonho
sob a sombra da mulemba.




Namibiano Ferreira



Mulemba ou mulembeira - arvore de Angola
Soba - chefe tradicional

8 de setembro de 2009

NGOMAS DO SUL




A ngoma tem a pele negra
boi, vaca ou pacassa
troando a noite antiga da tradição
às mãos negras do tocador.
Eu queria ser ngoma, kissange, dicanza...
vibrar como ngoma velha de pele negra
e como os outros, num grito universal,
proclamar aos mistérios da selva, da savana
e do mundo inteiro e imundo
a impossível renúncia que aflora à alma
como albufeira imensa do Kwanza distante.


Eu queria ser ngoma, kissange, dicanza...
na Rotandjira do Sul perdida e por achar
nas ondas da calema
e na maré louca para voltar.
Ba-tam-tam-tam; ba-tam-tam-tam
ritmo de ngomas
ngomas do mato
angolana saudade dos batuques do Sul
desse meu Sul: rota antiga imortal
vibrando-vibrando na alma ngoma
despida de sal.

Aiuê! minhas ngomas do sul da saudade.
Ba-tam-tam-tam; ba-tam-tam-tam


Namibiano Ferreira


Ngomas - instrumento de percusao, tambor.
Pacassa - genero de boi selvagem.
Kissange e dicanza - instrumentos musicais angolanos.
Rotondjira - mistura da palavra rota + ondjira, palavra mukubal que significa caminho, estrada.

7 de setembro de 2009

SECA

De espinheiras secas                                   
se constroem sambos
onde espinhos assobiam
ao vento vomitando
calemas de morte
na secura eterna
da sede das boiadas 
– cazumbis a boiar –
na insustentável aridez
do Namibe, deserto
onde Ombera vive
e não chora...




Namibiano Ferreira


Sambos - local onde se guarda o gado e é cercado por galhos secos de espinheira, como o próprio nome indica, tem espinhos.
Ombera - chuva.
(Foto Tonspi, Angola)

1 de setembro de 2009

SÓ HÁ UMA ARTE

Máscara Tchokwé - Mwana Pwó




No jardim do diário
dos dias azuis de jasmim
só há uma Arte: – A Poesia!
Toda a Arte é poética,
toda a Arte é Poesia!
falando e comunicando
por diferentes pincéis
penas ritmos materiais
cinzéis cores ditirambos
ou no telúrico e místico
momento de um par
de mãos rudes e humanas
construindo na roda
uma peça de terracota;
ou um escultor tchokwé
talhando a expressão da alma
na madeira inerte da árvore:
a máscara de Mwana Pwó.




Namibiano Ferreira

TOMBWA

Estaleiros - Tombwa (vista a partir do mar) - foto de Eugénio Vicedo


Encontrei este site de viagens. Um universitário cubano viaja até ao sul de Angola, mais propriamente Namibe, Tombwa, Lubango.... para além das fotos encontrei na referencia a Tombwa, minha cidade natal, um poema de minha autoria já publicado neste blogue. Eis o link: http://www.viajeros.com/cosmos99


O texto que se segue foi retirado na íntegra daqui: http://www.viajeros.com/diarios/tombua/tombwa-angola-por-donde-no-se-pasa


Tombua, Angola — martes, 30 de diciembre de 2008

LITTLE DREAM
Antecedentes. Continúo con mi afición de viajero y fotógrafo. La estancia en Namibe, ciudad del sur de Angola, capital de la provincia del mismo nombre, se prolonga. Y en los ratos de ocio, que cada vez son menos, recorro la provincia y sus alrededores. Así, he compartido con el resto de los viajeros mis excursiones a Serra de Leba, al Desierto de Namibe, y a la Fortaleza de Capangombe. No siempre que se desea se puede viajar: hay limitaciones de trasporte, y de oportunidades. Una de estas últimas se presenta en forma de excursión académica: los finalistas del curso de Biología Marina de la Escuela de Ciencias y Tecnología de Namibe, donde soy profesor, realizarán una visita a las fábricas de conservas de pescado de Tombwa. Aunque la biología no es el área de la ciencia donde me desenvuelvo, los profesores y alumnos conocen de mi interés por visitas como esa, y me invitan. Acepto de inmediato, con la certeza de que es una oportunidad de excepción.Tombwa es la ciudad principal del municipio homónimo, segundo en importancia entre los cinco de la provincia angoleña de Namibe. Está situado a 93 kilómetros al sur de la ciudad de Namibe, en la línea de la costa. Su economía se basa fundamentalmente en la pesca y sus derivados: conservas de atún, sardinas, y harina de pescado. Sus orígenes se remontan a la época de los viajes del explorador portugués Diego Cão, el cual el 16 de enero de 1485 realizó su tercer viaje bordeando la costa sur-occidental de África, frente a los territorios que hoy forman parte del Congo, Angola y Namibia. En Cabo Negro, punto de la costa situado entre las actuales Namibe y Tombwa, colocó una de sus postes o padrones. Después fondeó algo más al sur, en una ensenada que denominó "Angra das aldeias", en virtud de las dos aldeas encontradas ahí, cuyos habitantes se dedicaban a la pesca. Ese es el lugar aceptado como origen de la actual Tombwa.Al igual que ocurrió con Namibe, la colonización de esa zona tuvo que esperar un buen tiempo. Alrededor de 1835, el explorador inglés Sir James Alexander, con autorización del gobierno portugués, visitó esas tierras del sur, y desde esa fecha los mapas ingleses marcaron aquella ensenada ("Angra das aldeias") con el nombre de "Port Alexander". Ese nombre se conservó hasta el fin de la época colonial en Angola. Y la colonización definitiva se produce cuando el 6 de diciembre de 1854 dos navíos de guerra portugueses, los bergantines "Serra do Pilar" y "Trindade" fondearon en la ensenada de Pinda, formada al norte por la punta de Cabo Negro y al sur por la restinga de "Angra das aldeias". En el "Serra do Pilar" venía el mayor Marcelino Antonio Norberto Rudzki, encargado de formar la nueva colonia, la cual fue fomentada por colonos algarvios de Olhao, que se establecieron alrededor de 1860 y en poco tiempo ya iniciaban la exportación de los productos de su industria para los puertos del norte (Moçámedes, Benguela, Luanda) y para los de los países cercanos: Congo, São Tomé, Gabón.... En la zona la tierra era muy pobre y habitada solamente en el valle del Río Curoca, unos diez kilómetros al este. Hasta el día de hoy existen allí asentamientos de agricultores. Este es el resumen de la fascinante historia del lugar que pretendo conocer en esta nueva excursión.La salida desde Namibe se produce al amanecer. Es notable la niebla que cubre la carretera, por lo que la velocidad debe ser moderada, por esta razón y por el deterioro experimentado por la vía, con más de 60 años de explotación. Esta carretera está llena de puntos notables. A lo largo de todo el recorrido, nos queda al oeste la línea de costa, de pronunciados desniveles y con pocas posibilidades de acceder a ella, por eso la carretera llega a alejarse hasta 30 kilómetros de la misma en algunas zonas. A la derecha, el bello e impresionante desierto de Namibe, uno de los más antiguos del mundo, con una edad estimada en 400 millones de años, hábitat exclusivo de la planta "Welwitschia Mirabilis", rareza botánica que sólo puede ser contemplada aquí, en su medio natural, y que jamás ha podido reproducirse fuera del mismo. Rodeada de leyendas, símbolo de la ciudad de Namibe, comienza a verse luego de los primeros 30 kilómetros de recorrido, luego de sobrepasar, por la derecha, el aeropuerto "Yuri Gagarin", única opción para viajar hasta Luanda, la capital del país. En latín "mirabilis" significa "maravilloso", y ese fue el calificativo que encontró apropiado el naturalista Frederich Weltwitsch para designar a esta rareza. Sólo se encuentran en las regiones desérticas de Namibia y de Angola. Son tan diferentes de cualquier otra planta que los científicos las clasifican como familia y género único con apenas una especie. "Entre las cerca de 375 000 especies de plantas conocidas por el hombre, no hay otra que haya suscitado tanto interés de parte de los botánicos, ni hay otra planta que presente tanto desafío para ser clasificada", escribió el botánico Chris Borman en su libro "Welwitschia, paradoja de un paraíso árido".Y aquí tenemos un detalle interesante. Es frecuente encontrarse en Angola que las ciudades y pueblos tienen un nombre de la época colonial, y otro de la época independiente. Así ocurre con Porto Alexandre-Tombwa. Ya conocemos el origen del nombre colonial, mas... ¿Qué significa "Tombwa"? Ese es, precisamente, el nombre que los nativos le dan a su Welwitschia en una de sus lenguas nacionales. Por lo general, esas palabras son muy difíciles de transliterar, pues muchos de esos sonidos son producidos luego de una articulación compleja, que incluye lengua, labios, nariz... en nuestro caso, lo más aceptado es escribir así: Tombwa, con "W", y así aparece en todos los documentos oficiales y es cómo los angoleños me enseñaron a escribirlo.En tramos de 30 kilómetros aproximadamente, aparecen los "cantones", construcciones hoy abandonadas que servían de descanso para los trabajadores que construyeron la vía. Antes de entrar plenamente en el desierto, no deben dejar de mencionarse dos puntos notables: el "Árbol de Diego Cão", del cual se afirma que existía en la época de este explorador, y donde se continúa la costumbre de arrojar monedas con el objetivo de favorecer la buena suerte. A la derecha, la entrada al motel "Flamingo", lugar de descanso de los excursionistas que atraviesan el desierto desde la República de Namibia.Seguimos avanzando, y a la altura del kilómetro 65, por la izquierda, o sea, penetrando en el desierto, está la entrada al sitio turístico "Arco de Carvalhão", formaciones talladas por el viento en la roca y la arena del desierto durante sus 400 millones de años de existencia, una de ellas, muy curiosa e impresionante, en forma de arco, de ahí el nombre del lugar. Hay allí además una hermosa laguna, llamada laguna de São João do Sul, formando parte de una hacienda del mismo nombre. Está próxima al río Curoca, que con sus aguas, en época de lluvia, la alimenta. Y todo el conjunto forma parte del Parque Nacional de Iona, donde pueden observarse avestruces, cebras, gacelas... Cuento que recién arribado a Namibe, en agosto de 2006, se me presentó la oportunidad de visitar el lugar, y por razones que no vienen al caso, no conservo fotos del lugar. Y la oportunidad no se ha repetido, me ahorro la moraleja del lance. Un poco más, siempre hacia el sur, y atravesamos el puente sobre el río Curoca. Bueno, no exactamente es así, en realidad, nos salimos del camino, y aprovechando el lecho seco del río, cruzamos de una orilla a otra, evitando el puente existente, en muy mal estado. En época de lluvias, Tombwa queda aislado de Namibe durante varios días, todo depende de la magnitud de esas lluvias en la región de Cunene. Luego de cruzar el río, aparece el puesto de venta de Pinda: repollos, tomates, cebollas... en general productos de calidad y algo más baratos de cómo aparecen en Namibe. Y entramos en un paisaje espectacular: las impresionantes Dunas de Tombwa, formaciones de arena de belleza singular. Cercano a ellas, el antiguo cementerio, en peligro de desaparecer cubierto por la arena. Y ya, al fin, Tombwa, con sus apacibles playas allí mismo, frente al pueblo, playas que se me antojan de mayor calidad que las de Namibe, favorecidas por el brazo de tierra que protege la costa del fuerte oleaje del Atlántico.Tombwa es esencialmente un pueblo de pescado y de pescadores. La actividad pesquera se ve favorecida por las temperaturas de las aguas de la Corriente Fría de Benguela, brazo de la Corriente Antártica, que viene desde el sur y baña toda esa agreste costa. Hasta ella vienen a pescar barcos de Japón, China, Corea... Y en el siglo XIX eran frecuentes los balleneros que venían fundamentalmente desde Estados Unidos, y se acercaban a la costa a fin de adquirir batatas, aguardiente y otros productos de la tierra. Ciertamente, no abundan las playas en la costa occidental de África, y mucho menos, los puertos. Oigo decir que el antiguo Porto Alexandre fue considerado el segundo puerto pesquero del mundo. Algo habrá de cierto en esto, a juzgar por la abundancia de factorías de procesamiento a lo largo de la costa, no pocas de ellas abandonadas en la actualidad. La guerra, siempre la guerra como causa de males: de una parte, los que se fueron, de otra parte, los que llegaron sin conocer nada de la pesca y del mar. Hay mucho por hacer aun en Tombwa.La visita comienza por las fábricas de conserva, y de harina de pescado. Nos explican que estos productos, a pesar de la competencia, suelen comerciarse con éxito. Degustamos las conservas, y sí, es notable la calidad y el toque local, como por ejemplo en la pasta de atún con "gindungo", un ají picante de la zona. Se ven también industrias artesanales para el secado de pescado, el cual es suministrado de continuo a la ciudad de Lubango, el movimiento de camiones cargados con los "motetes", grandes sacos con peces secos, es constante en cualquier época del año. Servirán para la confección del calulú, plato típico que incluye berenjena, quimbombó, hojas de batata... el pescado fresco se consume fundamentalmente grillado, acompañado de ensaladas o yuca. Vale la pena visitar Tombwa y disfrutar de todo eso.El grupo experimenta excitación ante la noticia: nos ofrecerán un paseo en barco por la bahía. No se acostumbra a ofrecer algo así, mas nuestra condición de universitarios, y mi presencia, un cubano, favorecen los trámites y las autorizaciones, y allá vamos. En el embarque, coincidimos con otro grupo que se apresta a salir rumbo a Bahía dos Tigres, punto más al sur, cerca de la desembocadura del río Cunene, lugar venido a menos por la ausencia de vías de comunicación y donde hoy, según conozco, sólo hay un puesto de guardafronteras, y no existe actividad económica ni población permanente. Una vez navegando, los no acostumbrados nos sorprendemos de la vista del pueblo desde el mar, las casas, los muelles, las embarcaciones varadas... en la bahía, las numerosas y frágiles embarcaciones, con niños de 12 a 14 años dedicados también a la pesca. Nos acercamos a la península que forma la bahía y protege las playas del oleaje, y en su extremo, el faro, situado exactamente a los 150 47´ 30´´ de latitud sur, y los 110 52´ 45´´ de longitud este. Recuerdo en ese instante un amigo, Carlos, que tiene una página web dedicada a faros... ¿Tendrá fotos del faro de Tombwa y en general, de los de la provincia de Namibe?Regresamos a tierra, con tiempo aún para desandar las calles en todas direcciones... y encontrarnos en callejones sin salida, exceptuando la salida hacia Namibe, por donde mismo llegamos. Por eso, se me ocurre decir que por Tombwa no se pasa: a Tombwa hay que ir. Y puede que valdría la pena quedarse. Al menos, yo volveré.

Eugenio Vicedo

LITTLE DREAM

Esta noite sonhei a infancia-Tombwa
tombada em meu coração.
Meti a mão no bolso dos calções
Encontrei a xifuta
E no ar, misteriosamente,
Cheirava a peixe seco e óleo de dende.

E no bolso final
Do sonho
Foi que cantei este refrão:
Little dream
Little dream
Against the stream...



(xifuta: tirapiedras)


(Namibiano Ferreira. Poeta angoleño nacido en Tombwa. Vive en el Reino Unido)