9 de maio de 2014

ANDA KIANDA


Anda Kianda soltar o mar
nas tranças de minha casa
onde a água barulha cantigas
de xaxualhar marés, ondas e maresias.
 
Anda Kianda soletrar águas no limiar
átrio da casa do meu pátio:
dongo de quilha plana
mordendo os afagos do mar.
 
Dongo que já foi árvore
a xaxualhar o vento, a alma do sol
e o umbigo, espiral do tempo. 


Namibiano Ferreira


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