Te sinto chegar
como espuma
Do mar num
domingo à tarde.
Despertas a
intensidade do meu voo
Sobre as asas
abertas do teu sexo.
Fracturas a
humana equação
da intimidade do
verão.
Me lambes como
quem
Lambe um prato de
feijão de óleo palma.
Boca a boca,
semente a semente, laranja sem gomos
Plurimaturada a
tua língua
Por detrás dos
joelhos rói
A cartilagem da
minha alma:
Viro ninguém numa
paragem de candongueiro.
Boca sem gomos,
laranja a laranja
O coaxar dos
sapos nos teus olhos rasos de água
E o colidir da
chuva contra o insecto
Branco »cor de
vinho« da tua palavra
Bebem dessa construção.
José Luís Mendonça
Uma bela e sensual poesia.
ResponderEliminarAbraço.