8 de outubro de 2009

A LIBERDADE


Tombwa, vista de satélite

Foto de Eugénio Vicedo


A lua cheia chegava, por fim, iluminando
o suave marulhar no crespo nocturno
carapinha da noite-Tômbwa cidade.
E a noite, vestida de luar, trazia até mim
a baía a tremeluzir a cantar a dançar o mar
místico semba carregado de mistérios
e desejos proibidos de Santa Liberdade.
Nas batucadas choradas dos contratados
floriam açucenas no lóbulo verde do sol
e sob as peugadas incendiadas do vento
dormiam sonhos carmesim sorrindo
no ventre claro azul futuro de Novembro.


Namibiano Ferreira

8 comentários:

  1. Meu caro,
    Sinto que Tombwa
    é a sua Caicó,
    é o seu Seridó,
    é a sua Pasárgada,
    no ventre cl\aro azul
    de novembro.
    Ou dezembro.

    Kandandu.

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  2. Caro Moacy,

    Tombwa é o umbigo do Mundo, nela nasci e foi lá que me foi dado uma alma para escrever nas páginas do vento, a Poesia. Se a poesia é literária ou nao, fica de julgamento para a História. Tombwa é parte inalienável de Mim e que se liga a toda a Angola pelos vinculos do Mar e as caricias do vento.
    Kandandu

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  3. Amigo Nami,

    Leio o teu poema, fecho os olhos, as imagens são reais, o cheiro e a música também... estou em África.
    Que mais posso querer?
    Só agradecer-te pelos bons momentos que me proporcionas, meu amigo.

    Agora que estou de férias, virei ler-te para trás, e quem sabe, escolher um poema...!

    Um abraço

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  4. Namibiano, mais um bonito poema, cheio de sentimentos.

    Kandandu


    carmo

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  5. Viva Angola, meu conterraneo. Esse poema fez lembrar os mangais de Benguela :)

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  6. Meg, só por todos os teus sentimentos e recordacoes vale a pena resistir e continuar a escrita.
    Kandandu, amiga!

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  7. Carmo, ao sentir esses sentimentos está, também, a fazer poesia.
    Obrigado, Kandandu

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  8. Janour, é isto que tem de fascinante a poesia... outra coisa tao diferente despertou lembrancas em seu coracao. Os mangais de Benguela...
    Viva Angola, sempre em PAZ!
    Kandandu

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