25 de outubro de 2008

RAIOS DE SOL




No lóbulo das orelhas




da manhã



cantam missangas



brilhando sóis



e por entre as carícias



insípidas de meus dedos



vagueia o verde na seda



luzidia dos meus olhos



nus e molhados



pingando bagos dourados



de risos e massangos.











Namibiano Ferreira



5 comentários:

  1. Caro Namibiano,
    Mais um belo poema em que as palavras são um oásis.
    Como sempre, gostei.

    Mas...o que são massangos?
    Mais uma palavra que desconheço.
    Um abraço

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  2. Querida Meg,

    Muito obrigado pela sua presenca sempre tao estimada.
    Mais uma vez me esqueci das palavrinhas... massango é um cereal, a planta é muito parecida 'a que está na foto, embora esse seja massambala (outro cereal).
    Bjs

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  3. Belo poema...que me recorda o amanhecer em África. A fragância, a cor, sei lá... o momento inolvidável do despontar dos primeiros raios de sol sobre a "lavra".

    Isabel Branco

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  4. Isabel, muito obrigado pela visita e comentário. Realmente a inspiracao para este poema foi uma visao da lavra verde, daquele tom verde que só existe em África no tempo das chuvas brilhando aos raios divinos da luz solar... e para mim as lavras de massango sao as mais verdes de todas!!!

    Abracos
    Namibiano

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  5. Quando as palavras se tornam a realidade das imagens, o poeta medeia este acto.Ele ( o poeta) é também o principio e fim, de um cacimbo, da fresca água na moringa.
    Sensibilidade e ternura léxica têm seus escritos caro Namibiano.

    Xaxuaxo

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