17 de outubro de 2008

AB ORIGINE




Meus primeiros poemas


escrevi-os no silêncio


sobre uma folha de nada e cetim


arrepiada no beijo das calemas.

Ninguém os leu, ninguém os viu


adivinhei-os inteirinhos só para mim.




E ao fim das tardes roxas de paixão


vinha de mansinho pendurá-los


na cabeleira verde-mar das casuarinas


xaxualhando pela noite uma canção


voz de mágoa de nada e de cetim


adivinhando as saudades bailarinas


da terra que não sai dentro de mim.




Namibiano Ferreira






4 comentários:

  1. Meu caro, seu poema já está no Balaio. Espero que toda a postagem seja do seu agrado. Um abraço.

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  2. "Em cada poema uma alma se espelha..." Isabel Branco

    Gostei muito dos que li.
    Aproveito para informar que o Pangeia estava em obras quando o visitou. Tem novo endereço que é:

    http://novapangeia.blogspot.com/

    Terei muito gosto em compartilhar comentários, criticas, elogios, saudades do nosso canto e da nossa terra.

    Um abraço angolano

    Isabel Branco

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  3. Estamos muito supresos por ter encontrado este blog.

    vai ao encontro de uma série de ideias e a poesia é muito bonita!

    agradeciamos que passasse no nosso e desse a sua opinão, é um tema diferente mas que apreciamos bastante!

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Obrigado pela visita e comentário!