18 de dezembro de 2014

POEMA DE JOFRE ROCHA



    VEM, DESESPERO


Vem, desespero
mata em minhas veias o brilho desta lua
a enfeitar com simulacros de prata
a miséria de vidas sem destino.

vem, desespero
gela nas bocas o murmúrio de conformismo
esse ópio de vontades
a sabotar a flor única de esperança
na planície dos homens de rastos.

vem, oh! vem desespero,
e cria nos homens o ímpeto dos tornados.


Jofre Rocha




1 comentário:

  1. O desespero é como uma fera acuada.
    Mas que o poema ficou belo nesta dor.
    Abraços

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