NATAL
Há anos, na noite
de Natal, numa cubata do mato angolense, uma família de tribo indígena, em
cujos corações já soara a mensagem divina através da palavra portuguesa,
celebrava, na sua ingenuidade pitoresca, o nascimento do Filho de Deus, à
maneira da civilização cristã.
Havia uma nota
originalíssima no figurativo quadro clássico. Ao canto da cubata estava
construído um pequeno presépio feito de adobe, com capim e folhas de palmeira,
com os reis magos e pastorinhos e, deitado em esteira de mabu, o monandengue
Jesus, boneco feito de pau, pintado de preto.
Eis o milagre do
amor no Natal de Cristo.
Há vinte séculos
Jesus Cristo nasceu, numa manjedoura, em Belém de Judeia. Mas todos os anos
através dos tempos, neste dia, ele nasce nos palácios sumptuosos e choupanas da
Ásia, nas vivendas ricas e casinhotas da Europa, nos arranha-céus colossais e
bairros pobres das Américas, nas cidades e vilas da África, sob a música dos
sinos e das harpas, e já nas sanzalas típicas da África Negra, ao som dos
quissanges e marimbas.
Na sua
materialidade exótica, aquele quadro da cubata revelava a verdade eterna do
espírito, não ofendida nem falseada: Jesus nasce no coração de cada ser humano,
em todos os povos e raças, porque Ele é, milagrosamente, o Deus-Menino de toda
a gente.
Geraldo Bessa
Víctor
Que um dia possamos festejar o Nascimento de todos os Povo; que a essência verdadeira do Homem seja comemorada nas ruas, nas aldeias, nos mais distantes rincões da face da Terra!
ResponderEliminarBoas Festas e um 2015 cheio de Poesia, amigo Nami!
Um grande abraço
Kandandu
O amor de um Menino renascendo em todos os cantos do mudo... Será esse o milagre.
ResponderEliminarUm beijo e um ano de 2015 melhor.