Em declarações à agência Lusa, José Eduardo Agualusa disse que este seu
novo livro, que "queria escrever há muito tempo", responde a
"uma inquietação" dos angolanos, que querem conhecer o seu passado,
numa nova perspetiva.
Agualusa explicou que "levou tempo" a escrevê-lo, pois teve de se
"informar mais" e precisou de se "colocar na cabeça da Ginga, no
seu universo", salientando que "tudo aconteceu numa época muito
recuada".
O narrador do livro é um padre, Francisco José de Santa Cruz, nascido em
Pernambuco, nomeado em 1620 secretário de Ginga, rainha do Dongo e da Matambam,
no norte da atual Angola.
"Na realidade ela teve secretários, quase todos padres, pois era de
uma classe culta, que sabia ler e escrever, mas esta [a personagem do padre] é
uma personagem inventada, eu precisava de alguém que fosse um tradutor de
mundos, que é também do que fala este livro", disse Agualusa.
Na sessão de apresentação, às 21:30, do romance histórico "A rainha
Ginga. E de como os africanos inventaram o mundo", participam também Kalaf
Ângelo, que irá ler excertos da obra, acompanhado pelo contrabaixista Ricardo
Cruz.
O que levou José Eduardo Agualusa "a escrever este livro foi mostrar
como os africanos foram parte ativa - e de forma bem mais vigorosa - daquilo
que se estuda nos compêndios europeus, neste processo de construção de nações,
de redesenhar o mapa do mundo".
Texto retirado de Jornal Ionline
Obrigada pela resenha do livro de Agualusa; já li dois livros dele, e gostei. Vou procurar por aqui esse livro para saber mais sobre essa Rainha, uma mulher realmente fascinante pelo que já li sobre ela. Mas, gostaria também de saber como faço para comprar o teu livro; há uns dias atrás havia um link indicando uma editora do Paraná. O que aconteceu? Já procurei esse link por aqui, várias vezes, mas não consigo encontra-lo. O que devo fazer?
ResponderEliminarBeijo