Um dos 3 poemas publicados na edição Nº 57 de CULTURA - Jornal Angolano de Artes & Letras, Luanda 26/05/2014.
OLONGANDO
Delonga-se o
tempo nas curvas espirais dos cornos do olongo.
Há pedras de
vento na calçada mangonheira do tempo.
A minha mão, nua
e fria, é o arado lavrando campos invisíveis
e de margens
imprecisas. Vou nu por aí fora semeando palavras
sobre o papiro
acetinado da aurora dos lírios ambarinos,
arrastando luz e
fonemas, missangas, metáforas e poemas
que se hão-de
verdadeiramente iluminar quando tu, leitor,
colheres lendo os
frutos de minha lavra: pitangas rubras e poesia.
Namibiano Ferreira
Olongo, Tragelaphus strepsiceros
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