28 de maio de 2014

POEMAS NO CULTURA - Jornal Angolano de Artes & Letras


Um dos 3 poemas publicados na edição Nº 57 de CULTURA - Jornal Angolano de Artes & Letras,  Luanda 26/05/2014.



OLONGANDO

Delonga-se o tempo nas curvas espirais dos cornos do olongo.
Há pedras de vento na calçada mangonheira do tempo.
A minha mão, nua e fria, é o arado lavrando campos invisíveis
e de margens imprecisas. Vou nu por aí fora semeando palavras
sobre o papiro acetinado da aurora dos lírios ambarinos,
arrastando luz e fonemas, missangas, metáforas e poemas
que se hão-de verdadeiramente iluminar quando tu, leitor,
colheres lendo os frutos de minha lavra: pitangas rubras e poesia.



Namibiano Ferreira

Tela de AbIlio Victor


Olongo, Tragelaphus strepsiceros


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