4 de março de 2014

SOU UM PÁSSARO...


 

Sou um pássaro
na infinidade do azul claro
na infinidade do azul infinito
meu grito
ecoa a liberdade
das infinidades da infinidade.

Sou vida marinha vida aquática
navego as profundezas
e encantos dos oceanos
revoltos e serenos
navego a força mítica
da força das correntezas.

Sou astro no Universo imensurável
vivo a explosão da vida
no além insondável
das galáxias escondidas
vivo a vida no além empoeirado
do cosmos distanciado.

Sou vulcão sou lava
em fervuras nas entranhas da terra
grito a essência
grito a efervescência
da bravura na rocha viva
grito a explosão da vida na rocha viva.

Sou as ondas do mar
em altas braçadas, Atlântico
Pacífico, Índico
sou a sinuosidade do curso
da imensidão do Universo
em braçadas de expansão, a amar!

Sou um pássaro
na infinidade das infinidades do azul claro!


Décio Bettencourt Mateus

In Gente de Mulher


Luanda, 25 de Novembro de 2005.
 http://mulembeira.blogspot.co.uk/ 

9 comentários:

  1. Ser pássaro. Ser estrela. Ser mar.
    Ser o tudo/imenso do poema...
    Abraço.

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  2. O pássaro enquanto ícone de libertação - o desejo saudável de abertura ao exterior, ao mundo universal do ser infinito que perseguimos incessantemente.
    Ao contrário, estaríamos a aniquilar a nossa própria auto-estima, retirando os investimentos psíquicos da globalidade do ser e das suas representações.
    Gostei muito do poema, amigo Ferreira... e sou fã de Angola.

    Nota: em Maio, a minha editora irá lançar um romance novo que escrevi, abordando alguns aspectos fulcrais da História de Angola.
    Um abraço

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  3. Graça e Humberto muito obrigado pela visita e comentários.
    O poema é de uma leveza e beleza, do meu amigo e poeta Décio, podem visitar o seu blog, A Mulembeira.

    Kandandu
    Namibiano Ferreira

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  4. António, sem duvida um belo poema!!

    Kandandu

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  5. Meus agradecimentos, mano, pela gentileza. Agradecimentos aos que gostaram. Um kandandu

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  6. Estamos juntos, mano!!

    Kandandu mwangole!

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  7. Tive o prazer de conhecer o Décio em Vila Nova de Cerveira, Portugal, e tenho uma dívida em forma de tradução pendente com ele. Obrigada por ma lembrar!

    (E obrigada, Namibiano, também pela visita ao meu blogue, que está quase em estado de abandono.)

    María Alonso Seisdedos

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  8. @Sun lou Miou, penso tratar-se de outro Décio. Nunca estive em Vila Nova Cervejeira. Um abraço.

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Obrigado pela visita e comentário!