27 de fevereiro de 2014

PEQUENO HINO AO SOL


Reconheço-te, ò Sol,
és a minha matutina luminescência
que, partindo na véspera da noite,
voltas dourando a manhã
de vida, espanto, verdor e poesia.

Ò Sol, nesta luz sadia da manhã  
os poemas do Eugénio são bagos
matutinos de lume e romã:
ò Sol, também eu quero ficar cego
de tanta claridade e por isso,
ofereço-te as conchas de fogo
que trago no regaço de minhas mãos
trémulas e famintas de poesia.


Namibiano Ferreira

1 comentário:

  1. O ciclo solar. A sempre renovada esperança de cada manhã, onde brilha o fulgor vital do SOL "de vida, espanto, verdor e poesia", tangível na transmutação do signo em consentido transcendental, em troca do "fogo das maos".
    BELÍSSIMO!

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