28 de julho de 2013

MORINGUE




No silêncio-claridade
da manhã das noites
escrevo a luz da poesia
moldada em versos
vermelhos de terracota
como se fossem moringues
de água fresca e pura
e, no entanto, sabem
os deuses eu sou um filho
espúrio da terra que amo,
negra na raiz vermelha
do corpo e da alma
sangue molhado a gritar
na força kazumbi-kwanza.


Namibiano Ferreira

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