NASCER EM NAMIBE TOMBWA MIRABILIS
Quando nasci em Tombwa
mirabilis flor de cacimbo
a velha casa de adobe
e telhado de zinco
não ouviu de imediato
meu primeiro vagido.
Houve um momento silente
perdido de quase morte
até que a alma cadente
cantasse chorando
a nova sorte.
E depois o abraço fraterno
um árido afago
no pacto eterno
riscado no chão de oferta
coração enorme a pulsar Namibe:
a duna queimada
foi meu berço;
o cacimbo rendado
o tule do enxoval;
o pungo do mar
foi meu sustento;
o areal dourado
a manta de brincar;
o Curoca da fartura
foi água do ritual;
a garroa e a calema
meu poema d’embalar;
o cântico das casuarinas
foi meu guizo de ninar;
o povo mukubal
meu mestre de versejar;
o guelengue elegante
–meu mágico companheiro alado–
foi pégaso de cavalgar
o dorso quente futuro de Poesia.
Namibiano Ferreira
Quando nasci em Tombwa
mirabilis flor de cacimbo
a velha casa de adobe
e telhado de zinco
não ouviu de imediato
meu primeiro vagido.
Houve um momento silente
perdido de quase morte
até que a alma cadente
cantasse chorando
a nova sorte.
E depois o abraço fraterno
um árido afago
no pacto eterno
riscado no chão de oferta
coração enorme a pulsar Namibe:
a duna queimada
foi meu berço;
o cacimbo rendado
o tule do enxoval;
o pungo do mar
foi meu sustento;
o areal dourado
a manta de brincar;
o Curoca da fartura
foi água do ritual;
a garroa e a calema
meu poema d’embalar;
o cântico das casuarinas
foi meu guizo de ninar;
o povo mukubal
meu mestre de versejar;
o guelengue elegante
–meu mágico companheiro alado–
foi pégaso de cavalgar
o dorso quente futuro de Poesia.
Namibiano Ferreira
Caro Namibiano,
ResponderEliminarPerante estas (e outras) imagens, chega a doer a saudade dos espaços, das cores...lá tão longe no tempo.
Chove e sinto o cheiro da terra...
E o tempo, que não volta mais.
Um abraço
Olá!
ResponderEliminarMuito obrigada pela explicação no post anterior.
Sua terra é lindíssima e seu poema tb.
Namibiano,
hoje fiz o post sobre o dia África. Passa lá em casa pra ver e deixe sua opinião. Vc sabe que ela é muito importante pra mim.
Abrs.
Texto lindo, Namibiano.
ResponderEliminarPeço sua permissão para postar sua obra no Blog do Plataforma para a poesia, que estamos editando.
um abraço
Obrigado Meg e Fatima pelos comentários.
ResponderEliminarSilvia obrigado tambem e pode levar o texto para a Plataforma, depois me deixe o link.
Abracos
Namibiano
Caro Namibiano, o seu texto foi postado e editado em voz, na minha modesta opinião, lindamente, pela gestora dos Blog e site Plataforma para a poesia. Infelizmente, alguem intitulada Maria, dizendo-se sua filha, está tumultuando a edição do Plataforma.
ResponderEliminarPor faavor, gostaria que vc se manifestasse no Blog do Plata, confirmando a autorização para postar seus poemas, ou então teremos que retira-lo.
Eu, na qualidade de colaboradora, tenho a obrigação de alimentar os poetas que indiquei e, se for desautorizada por vc, não mais publicarei seus poemas.
Penso que deve ser algum equivoco, mas gostaria que vc nos orientasse.
um abraço, Poeta
Por favor, olhe o site abaixo
ResponderEliminarhttp://blog.plataforma.paraapoesia.nom.br/
Agora olhe esses dois abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=ndbmQfEF9Eg
http://www.youtube.com/user/maz7777
Um abraço,Poeta
Acabei fazendo um poste, fico esperando o seu parecer, minha querida poeta.
ResponderEliminarKandandu
Estive apenas uma vez e de passagem por Moçâmedes e pela orla do deserto do Namibe. Reproduzi este post em http://galeriaphotomaton.blogspot.com/2009/10/namibe-por-namibiano-ferreira.html mas não posso acrescentar mais tags pk atingi o limite de 2000 neste blog
ResponderEliminarUm abraço
do Victor Nogueira