Mordo os olhos
líquido sorriso
oceano onde mergulho
meu corpo
kissanje de te tocar
mar marulhar maresia
cadinho concha
de minha mão
onde repouso
os desenhos e desejos
tatuados sem se verem
no ventre iluminado
do teu luar.
Namibiano Ferreira
Achei o poema bonito, de quem tem intimidade com o mar. Por que a foto do deserto? Ele se parece com o mar? Onde os dois se encontram?
ResponderEliminarJanaina, obrigado pela visita e comentário. Nasci na província angolana mais árida de todas, onde se situa o Deserto do Namibe, que fica a nascente da minha cidade, Tombwa, ficando o Mar-Oceano, a poente e tanto o deserto como o mar sao uma e a mesma coisa, sao um infinito de solidao e aridez. E bem lá no fundo sao também a vida dessa cidadezinha de gente simples e que labutam o mar para seu sustento e nas areias fundas do deserto buscam água para sobreviver. Veja na foto as marcas do vento sobre a areia, uns ss longos a parecer ondas mansas do mar e as dunas enormes, sempre em transformacao, sao as altas e tormentosas ondas do mar. O Mar para mim, pode dizer-se sao o Namibe, o Oceano e o corpo da mulher amada, um porto, uma ancora, uma reserva de forcas e Infinito, Deus/Kalunga.....
ResponderEliminarNamibiano
Caro Namibiano,
ResponderEliminarO poema é lindo, mas o teu comentário em resposta à Janaina, comoveu-me.
Obrigada pela lição de amor à terra natal, ao mar e à mulher.
um abraço afetuoso
Namibiano, meu amigo d'além-mar,
ResponderEliminarfico muito lisonjeada com o seu desejo de postar poemas meus no teu "Cores".
Sinta-se à vontade. Tenha o Brisa como extensão da sua casa.
Andei sem poder dar atenção ao blog.Na verdade, ainda estou "no corre-corre", mas aos pouquinhos vou voltando.
Obrigada pelos votos de incentivo e receba um abraço desde a Bahia.
Ao poeta ausente,
ResponderEliminargostei de tudo, tudo mesmo, esse principalmente. É lindo!
"a Poesia não se faz: ACONTECE."