24 de novembro de 2008

LATÊNCIA






Choram as janelas o crepitar das chuvas

e eu perco-me sozinho no latejar solidão

das temporas esquecidas do tempo.

Rodopio pensamentos na espiral

ansiada no calcanhar dos minutos

que hão-de trazer Tchuvombera

e nesta infecciosa latência, vaga e vazia

de esperanças, reganho minhas forças

titânicas-telúricas nas curvas doces do teu corpo

fortaleza, cais bonança, reserva de todas as líricas

escondidas e ainda mal adivinhadas.











Namibiano Ferreira


2 comentários:

  1. As infeciosas lactências, apresentam se poderosas,
    talvez porque transportem consigo,
    as reservas de uma afectividade,
    que corre o risco de num maior e frio mecanicismo se transformar.

    Xaxuaxo

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  2. Caro Namibiano,
    Não encontro outro local para o contactar. Estou em contacto regular com o site "Lupango da Jinha" e encontrei ali um poema seu que pedi à Jinha para me autorizar a sua inserção no meu blogue. Não conhecia ainda este que encontrei agora por acaso.É que acontece que também eu, tenho um poema "contratados" que até já recebeu diversos prémios internacionais e achei interessante a coincidência. Neste momento o meu blogue está em reestruturação mas será um prazer tê-lo como visitante.É o "http://infinito-kalahari.blogspot.com"(não inclua as "aspas". Entretanto, se quizer ver, acabadinho de ser editado no blogue "Mhario Lincoln br" este poema, pode dar-me esse prazer. Irá também encontrar muitos trabalhos no blogue "palavras todas as palavras " e no"s "autores.com.br". Permita-me agora inclui-lo na lista dos meus sites favoritos. Também nasci no Namibe e vivi quase toda a vida em Benguela e sempre escrevi. Aqui fui jornalista em diversos jornais e revistas e na RR.Foi um prazer conhecê-lo. Kandandu.
    Vera Lucia

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