Podia entregar minha voz ao silêncio,
aconchegá-la no ralhar das calemas
calar…
escondê-la na renda fria dos cacimbos
cristalizar…
podia entregá-la à voracidade do tempo
petrificar…
podia prostituir meu corpo,
o templo castrado da Poesia
profanar…
podia… podia esquecer-me de ti… Poesia!
e desta mediocridade poética
que me transborda das visceras
macilentas da alma…
sempre aquém das cantigas e kissanjes;
sempre aquém de tua voz quente de Povo;
sempre e sempre aquém do teu bafo
terra sangue sagrado que abraço!
Namibiano Ferreira
King's Lynn, 14/07/2008
Belos versos aquém e além do coração!
ResponderEliminarBeijos @>--
abraços caro amigo!!
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