1 de junho de 2008

AINDA A GUERRA NAS MINHAS MÃOS




(Origem nao identificada - parece tratar-se da Serra Leoa - mas infelizmente tambem se aplica a Angola. Esta image dramatica originou este poema.)

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Construimos a Paz subindo degrau a degrau a construção. E o homem vive ainda a guerra na encruzilhada perene dos dias que lhe faltam para que lhe cantem komba. Acabou a guerra e no entanto, ainda a guerra nestas minhas mãos que não vejo, nestas minhas mãos perdidas em vão numa guerra que nada vos custou, a vós, a não ser as minhas mãos irremediavelmente perdidas e, o prémio ganho, a dependência às mãos e à vontade alheias.




Namibiano Ferreira

Komba - Cerimonias funebres

1 comentário:

  1. Olá Nami
    A foto é dramática e o texto poético reflecte todo o drama que ainda, infelizmente, se vive em toda a África.
    Um abraço
    Laura

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