(Musseque em Luanda)
Outrora
para la do asfalto
eram areias e areais sem fim
onde sonhos sonhados baixinho
eram utopias e esperancas
ao sabor rubro-negro do vento.
Outrora
para lá da riqueza
eram areias e areais sem fim...
reprimidas para além da cidade e do asfalto.
Outrora foram brisas verdes
ao sonho rubro-negro do vento.
Hoje,
depois de sonhos desfeitos e dias-noites guerra
ainda te consomes e perdes
sobre areias e areais sem fim
e eu vejo, cheiro, sinto:
tantos, tantos MISSEKE!
Musseque - bairro de lata, favela.
Misseke - plural da palavra musseque em Kimbundu (uma das linguas nacionais
de Angola)
Namibiano Ferreira
Outrora
para la do asfalto
eram areias e areais sem fim
onde sonhos sonhados baixinho
eram utopias e esperancas
ao sabor rubro-negro do vento.
Outrora
para lá da riqueza
eram areias e areais sem fim...
reprimidas para além da cidade e do asfalto.
Outrora foram brisas verdes
ao sonho rubro-negro do vento.
Hoje,
depois de sonhos desfeitos e dias-noites guerra
ainda te consomes e perdes
sobre areias e areais sem fim
e eu vejo, cheiro, sinto:
tantos, tantos MISSEKE!
Musseque - bairro de lata, favela.
Misseke - plural da palavra musseque em Kimbundu (uma das linguas nacionais
de Angola)
Namibiano Ferreira
In Resist(ir) Assim - Poesia a Doze
Editorial Minerva - 1999
João José...este é um nome que não se encontra aqui no Brasil.
ResponderEliminarFico imaginando como deve ser forte e belo o deserto...as areias e areais.
Um abraço,
Martha
Interessante e belo tal como outros; qual o nome deste poema?
ResponderEliminarKandandu e Bom Ano
Eugénio Almeida